26 de mai. de 2011

Cap15: Opostos se atraem ou se distraem

Os indivíduos geneticamente muito diferentes sempre tiveram vantagens no teatro do acasalamento. É que a chance de um gen defeituoso do pai se combinar com um gen defeituoso da mãe diminui muito. Por causa disso, a seleção natural privilegiou a diversidade. Entre os animais isso é mais claro de se provar. Já nos humanos, foi feita uma pesquisa em 1995 com 49 moças e 44 rapazes estudantes de uma universidade em Berna que não se conheciam.

Os rapazes foram obrigados a dormir com a mesma camiseta no domingo e na segunda-feira e depois a colocavam em um saco. Cada mulher ganhou seis sacos, dos quais três deles continham camisetas de portadores de gens próximos aos seus e três mais diferentes. Elas, então, deveriam dar uma nota de zero a dez para os critérios atração/repulsão sexual e sensação agradável/desagradável ao sentir o odor. O resultado era o esperado, elas deram notas maiores para as camisetas dos homens que tinham gens mais díspares que os seus.

Como podem ver, a atração e repulsão não é uma questão cultural, mas está no nosso próprio extinto animal que nos faz gostar de alguns parceiros em detrimento de outros. A televisão e o cinema contribuíram para a propagação do padrão de corpos ao estilo grego, bem torneados, de pele e olhos claros. Porém, o que vemos na rua são homens baixos, altos, barrigudos, magrelos, carecas, cabeludos, bigodudos, atletas. A diversidade é a nossa realidade.

O que faz uma mulher feliz não é um homem capa de revista. Este no máximo pode ajudar a levantar o ego com uma cantada, elogio, mas se não tiver outros atributos, pode perder feio para um “normal” que tenha um bom papo e uma ótima pegada. E isso não é sensacionalismo, nem falta de pudor de se dizer, as mulheres de hoje sabem exigir e buscam o prazer sim, por que não? Agora quem disse que as titias ficaram para trás? Muitos homens descobriram que se sentem mais seguros e felizes com uma mulher madura e independente, que terem que conviver com namoradas inseguras e com pouca vivência de vida.

A diferença de idade, não me refiro aquela que consta na carteira de identidade, mas a idade mental, pode trazer benefícios ou dor de cabeça, se a sintonia não for boa. Por exemplo, se a realidade de vida de um for totalmente diferente e não houver campos de interseção, inexistirá um diálogo a se manter. Será sempre um monólogo em que um contará tudo que o outro já sabe e este por sua vez falará tudo o que o outro ainda vai viver. Isso pode acarretar em uma desmotivação, uma falta de desafios a se cumprirem juntos. O que não quer dizer que os casais que tem mesma idade estão predestinados a felicidade. Apenas o fator idade pode, variando de casal para casal, ajudar ou atrapalhar.

Inevitavelmente os parceiros levarão para seus novos relacionamentos toda a bagagem de educação que recebeu em casa no momento de projetar sobre o outro o símbolo de mulher ou homem que desejam.

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